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Campus Party: mais de 145 mil pessoas participaram do evento tecnológico

Campuseiros se despediram neste último domingo (31) do maior evento de tecnologia e do mundo geek da capital federal. A 6ª edição da Campus Party Brasília reuniu 145 mil pessoas no Estádio Mané Garrincha durante os cinco dias de programação. Entre o público, mais de 2,5 mil campuseiros ficaram acampados com suas barracas, colchões, computadores, jogos e figurinos nas instalações do estádio. O Correio — que apoia a iniciativa — fez a cobertura jornalística de todos os dias do evento.

Com o tema “Ao infinito e além”, frase icônica do personagem Buzz Lightyear na animação Toy Story, esta edição da Campus Party homenageou os 50 anos do Planetário de Brasília Luiz Crulz. Dentro da vasta programação interativa, quem visitou a área aberta e gratuita pode conferir uma pequena amostra da abóboda do planetário, onde havia uma projeção audiovisual de 15 minutos sobre o sistema solar.

A celebração do mundo da tecnologia contou com uma vasta programação interativa. Quem visitou a área aberta e gratuita pode montar um time para jogar hockey de robô, voar em uma asa delta com óculos de realidade virtual, aprender a pilotar drone, assistir palestras, participar de workshops e de campeonatos de jogos, ver cosplayers, descobrir projetos que usam a tecnologia para ações sociais e até comprar apetrechos do seu anime favorito e guloseimas japonesas.

Os campuseiros vieram dos mais diferentes locais do Centro-Oeste. Os amigos Estevão Santos Cavalcanti, 24 anos, e Daniele Kalil, 18, ambos professores de tecnologia em Goiás, estiveram acampados todos os dias no estádio. A reportagem encontrou eles já com as barracas desarmadas, entre malas, travesseiros, colchões infláveis e, claro, seus notebooks.

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Estevão é “ratinho de campus”, como ele mesmo se denominou, rodando os estados de Goiás, São Paulo e o DF e curtindo as programações tecnológicas. “Gosto muito de estar 24 horas aqui, e dormir nas barracas, é muito divertido. Isso quando a gente dorme. Ontem mesmo, nós só deitamos às 4h, depois de pedir uma pizza, jogar just dance, jenga e cantamos no karaokê”, disse. Da capital federal, ele vai para para a Campus Party em Goiás, onde está escalado para trabalhar.

“Eu quis aproveitar o máximo. Fui em workshop aprender a montar foguete e a criar portfólio para meus sites, também pilotamos drones e experimentamos comida impressa na bioimpressora 3D”, contou entusiasmado. Sua amiga Daniele veio a Campus em Brasília pela primeira vez. “A melhor parte para mim é conhecer pessoas, danças brincar, fazer amigos, se enturmar com a galera das comunidades”, falou. As comunidades são grupos de pessoas que trazem e ensinam aquilo que criam juntos na internet para a arena. Outro ponto alto para a estudante e professora de tecnologia foi participar de oficina que ensina a fazer drones.

Para terminar em grande estilo a celebração da tecnologia e do mundo geek, a última programação deste domingo foi o concurso de cosplay. Essa apresentação foi diferente dos outros dias. Os cosplayers precisaram fazer uma dramatização dos personagens escolhidos, com direito a trilha sonora e lip sync, cenário e truques de mágica.

Julie Naomi Nagaki, 29, foi a grande estrela da tarde com a intepretação de sua personagem. Ela veio de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, para a Campus em Brasília. A administradora tem no cosplay um hobbie há mais de 10 anos. “Eu tenho um carinho especial por essa personagem. Ela é circense e eu amo circo. Tem efeito, brilho, palco, tudo o que eu gosto”, contou. A ganhadora do dia vai representar a Campus Party Brasília na Liga Brasileira de Cosplay Anime Summit e ainda ganhou uma viagem para o Japão, além de alguns itens colecionáveis de Star Wars.

Para crianças
Quase todas as atividades da Campus podiam ser feitas também por crianças. Mas os pequenos tinham um local especial para aprender a usar tecnologia, a Campus Kids. Com oficinas diárias 100% práticas, jovens de 6 a 12 anos colocaram a mão na massa e levaram dispositivos criados por eles mesmo para casa.

Os dispositivos podiam ser robô cofre, uma caneta 3D, um óculos de realidade virtual com acesso em smartphone, onde podiam vê objetos num mundo imersivo (no metaverso) e assistir a filmes 3D. “Também tivemos oficinas de inteligência artificial. Os participantes programaram a IA de forma lúdica, como um jogo, para que a IA aprendesse o que eles queriam, e trabalhasse pra eles”, explicou o coordenador da Campus Kids, Victor Benhur.

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