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Fórum de Competitividade em Brasília discute tecnologia e geração de empregos

Evento contou com diversos painéis que abordaram estratégias de uso das novas tecnologias

O Fórum de Competitividade 2024 debateu nesta terça-feira (2) os impactos da transformação digital no país e as estratégias de uso das novas tecnologias para desenvolvimento econômico e geração de empregos. O debate foi realizado em Brasília pelo Movimento Brasil Competitivo e pela Frente Parlamentar Mista pelo Brasil Competitivo e reuniu líderes do setor público, privado e da sociedade civil.

Diretora executiva do movimento Brasil Competitivo, Tatiana Ribeiro afirma que o Fórum abre caminhos para o desenvolvimento. “Aqui é um lugar onde a sociedade civil, o setor produtivo e o setor público escutam as prioridades e os caminhos para a gente acelerar a transformação digital no Brasil. Os painéis vão trazer tanto discussões para avanço das políticas digitais, como um diagnóstico dos principais gargalos”, disse.

“As salas vão abordar a construção de recomendações, ou seja, como resultado do evento, vamos trazer sugestões concretas para avançar em três temáticas: inteligência artificial, governos digitais e o futuro do trabalho”, completou.

Secretária de Competitividade e Política Regulatória do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Andrea Macera reforça que o Brasil sofre um problema crônico de produtividade. “Há décadas a gente tem uma produtividade do país em queda ou estabilizada. Então, é importante trabalhar com elementos que promovam a produtividade e garantam o desenvolvimento econômico. E nesse momento as tecnologias surgem como elemento fundamental para o ganho de produtividade e competitividade e para garantir o crescimento econômico do país”, avaliou.

Para Andrea, a transformação digital deve não apenas garantir o desenvolvimento, mas também o bem-estar da população. “Para isso, nessa agenda de transformação digital, temos que ter várias políticas conectadas, como o trabalho com a infraestrutura, redução de custos de energia, data centers e conectividade. E também trabalhar para o aprimoramento da mão de obra naquilo que ela precisa ser treinada”, diz.

Produção agropecuária
O tema do avanço tecnológico no campo também foi discutido pelo Fórum, com a presidente da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Silvia Massruhá. Para ela a transformação tecnológica é primordial em vários campos da economia e também no campo.

“Se a gente quer garantir o crescimento econômico e social do nosso país e a competitividade global, a gente precisa trabalhar mais com as novas tecnologias, com a transformação digital nos vários setores. Hoje, o Brasil é referência da agricultura tropical no mundo todo. Nesses últimos 50 anos, nós passamos de importador de alimentos para grandes produtores. E esse pilar da transformação digital é essencial porque a gente garante a nossa competitividade no mercado internacional”, disse.

Silvia acrescentou que a tecnologia é o que permite produzir mais em um mesmo espaço. “A gente evoluiu muito na agricultura, na área de genética, nas práticas mais sustentáveis. E hoje, o Brasil, para você ter ideia, tem duas ou três safras na mesma área. Nos últimos 50 anos, aumentamos a nossa área plantada em 140%, mas a nossa produção e nossa produtividade subiu 580%, graças à ciência e tecnologia. Agora, nesse novo momento em que o mundo está, precisamos nos voltar para o protagonismo do Brasil na balança comercial do mundo todo. Cada vez mais nós temos que usar as novas tecnologias e a digitalização para trazer índices comerciais que mostram essa sustentabilidade”, analisou.

No mesmo aspecto de aumento de produtividade, o Fórum debateu a regulamentação da inteligência artificial. O primeiro painel, que tratou de políticas digitais para o desenvolvimento econômico, contou com a presença do senador Eduardo Gomes (PL-TO), que também é presidente da Comissão de Comunicação e Direito Digital e relator da proposta de regulamentação de inteligência artificial, em discussão no Senado.

“É importante abrir espaço para debater a regulamentação de inteligência artificial, que é um processo complexo, mas a gente tem avançado bastante, principalmente naquilo que o mundo digital não tem como natureza, que é a capacidade de entendimento e diálogo. É isso que a gente vai fazer agora, para ver se a gente consegue entregar ao Brasil uma regulação moderna e que mantenha a competitividade”, destacou.

Geração de empregos
Presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Ricardo Cappelli disse que o debate do fórum é fundamental.

“A gente precisa ter empresas mais competitivas e também ter o setor público mais ágil, mais dinâmico, mais simplificado e também mais competitivo. O Brasil cresce quando o setor público e o setor privado andam juntos, andam em sintonia pelo desenvolvimento do país, para gerar empregos e riqueza. E o fórum discute essas questões. Discute a questão da transformação digital, da digitalização, dessa nova revolução que está em curso na indústria brasileira e mundial e que o Brasil precisa acompanhar”, afirmou.

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