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Violência obstétrica: você sabe o que é?

O momento do parto é um momento importante na vida de qualquer gestante, pois se trata de uma ocasião que será lembrada a vida toda. Porém, o Dr. Orcione Guimarães Júnior, especialista no assunto, comenta que muitas mulheres sofrem com a violência obstétrica. E, para além disso, a grande maioria delas não fazem ideia dos abusos sofridos. Para combater e entender melhor sobre esse assunto, continue lendo este artigo!

O que é a violência obstétrica?

De acordo com o Dr. Orcione Ferreira Guimarães Júnior, a violência obstétrica pode ser caracterizada como um conjunto de abusos e violências sofridos pela mulher durante a hora do parto. Os abusos podem ser apresentados tanto como violências físicas, como violências psicológicas por parte dos profissionais de saúde, tornando um momento de alegria em um momento traumático e estressante.

Violência obstétrica é violência de gênero

Segundo o Dr. Orcione Guimarães Júnior, é inegável que a violência obstétrica se trata também de uma violência de gênero. Isso porque, além de sabermos que só mulheres passam por esse momento, o atendimento pode ser atravessado por estereótipos que podem levar em consideração a idade da gestante, as condições da gestação e o que deve ou não deve fazer.

Violência obstétrica no Brasil: o que diz a lei?

Infelizmente, no Brasil ainda não contamos com uma lei específica que sirva para proteger as gestantes da violência obstétrica. De acordo com o Dr. Orcione Guimarães Júnior, existem iniciativas estaduais, por exemplo, que já atuam no combate desse tipo de violência. Algumas audiências sobre o assunto foram feitas no Alagoas e no Rio de Janeiro, a fim de criar medidas efetivas contra esses atos.

Como identificar um caso de violência obstétrica?

Como mencionado, para algumas mulheres, ainda pode ser difícil conseguir identificar casos de violência obstétrica, principalmente porque estamos falando de um momento onde a mulher se encontra frágil. Porém, o Dr. Orcione Ferreira Guimarães Júnior aconselha a ficarmos alerta em situações onde a mulher seja impedida de ter um acompanhante, tratar o parto de maneira agressiva, submeter a mulher a procedimentos dolorosos desnecessários ou humilhantes, fazem parte da violência obstétrica. 

Como prevenir a violência obstétrica?

De acordo com o Dr. Orcione Guimarães Júnior, uma forma de prevenir a violência obstétrica, além de poder contar com um corpo de profissionais sérios e com uma boa rede de apoio, a gestante pode escrever uma carta de intenções. Essa carta servirá para deixar claro quais são os procedimentos que a mulher aceita e não aceita durante o parto, e deve ser entregue na unidade de saúde onde ele ocorrerá. 

Atualmente, existem diversos grupos, espalhados pelas redes sociais, de mulheres que passaram por esse tipo de violência e que incentivam outras mulheres a denunciarem os casos e prevenirem durante o parto. Para o Dr. Orcione Guimarães Júnior, poder contar com redes de apoio como essas, fazem toda a diferença na forma como esse momento é encarado. 

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