Segundo o especialista em educação Sergio Bento de Araujo, editar bem um chamamento significa traduzir objetivos de aprendizagem em requisitos verificáveis, com linguagem simples, acessibilidade por padrão e regras de proteção de dados que preservem a comunidade escolar. Editais e compras públicas de edtech moldam a qualidade do que chega à sala de aula. Continue a leitura e entenda que um termo mal redigido abre caminho para soluções bonitas e inúteis; critérios claros atraem propostas que comprovam valor pedagógico.
Por que o edital define a qualidade da solução?
O texto do edital precisa declarar fins educacionais, não apenas características técnicas. Objetivos como melhorar feedback formativo, ampliar inclusão digital e reduzir retrabalho docente orientam fornecedores a demonstrar como o produto entrega evidências de aprendizagem. Na visão do empresário Sergio Bento de Araujo, quando o foco está em impacto mensurável, a disputa sai do terreno do marketing e entra no campo de resultados.
Requisitos pedagógicos e acessibilidade
Critérios didáticos devem aparecer como condições de habilitação: rubricas integradas, portfólios estudantis, relatórios de progresso legíveis e recursos para avaliação formativa. A acessibilidade precisa vir como requisito explícito (contraste adequado, navegação por teclado, leitores de tela, legendas e descrição de imagens) com testes de conformidade e laudo do fornecedor. Acessibilidade é cláusula essencial, não adendo opcional.
LGPD, privacidade e governança informacional
Plataformas educacionais tratam dados de crianças e famílias. O edital deve exigir minimização de coleta, base legal clara, controles de acesso, logs de auditoria, criptografia e prazos de retenção definidos. Também convém solicitar relatório de impacto à proteção de dados e plano de resposta a incidentes. No entendimento do empresário Sergio Bento de Araujo, cláusulas bem escritas evitam improvisos, reduzem risco reputacional e dão previsibilidade ao gestor público.
Métricas de desempenho e SLAs que importam
Service Level Agreements devem dialogar com uso pedagógico: disponibilidade real no horário escolar, tempo de resposta do suporte, recuperação de conta, correção de falhas críticas e prioridade para problemas que afetam avaliação e acessibilidade. Métricas de adoção precisam ser inteligíveis para escolas: participação ativa por turma, taxa de conclusão de atividades, tempo médio de devolutiva. Para o especialista em educação Sergio Bento de Araujo, números sem relação com a aprendizagem geram relatórios extensos e decisões fracas.

Custo total de propriedade e sustentabilidade
Licenças, integrações, migração de dados, suporte, formação e acessibilidade compõem o custo real. O edital deve pedir planilha de TCO, política de atualização, compatibilidade com dispositivos modestos e garantias de portabilidade. À luz dessa perspectiva, como recomenda o empresário Sergio Bento de Araujo, é essencial prever escalabilidade por matrículas, evitando saltos abruptos de preço e preservando o orçamento ao longo de todo o ciclo.
Evidências, pilotos e comprovação independente
Provas de eficácia contam mais do que promessas. Vale exigir estudos de caso auditáveis, relatórios com indicadores antes/depois, depoimentos verificados e demonstração com turma real em ambiente controlado. Pilotos devem produzir artefatos: exemplos de rubricas, trabalhos de alunos, prints de painéis e registros de acessibilidade. Evidência transferível é aquela que qualquer escola consegue reproduzir com os mesmos critérios.
Transparência, participação e documentação
Chamadas públicas ganham legitimidade quando a comunidade entende objetivos e regras. É prudente publicar perguntas e respostas, modelos de avaliação e motivos das decisões. Manual de integração, APIs, mapeamento de dados e guia de acessibilidade precisam acompanhar a entrega. Documentação evita dependência do fornecedor e reduz custo de transição.
Indicadores de valor pedagógico pós-contrato
Depois da contratação, monitore poucos sinais: qualidade do feedback formativo, presença de recursos acessíveis nos materiais, aumento da participação de estudantes com diferentes perfis, redução de retrabalho docente e evidências mais frequentes nos portfólios. Esses marcadores conectam tecnologia a aprendizagem visível e sustentam renovações responsáveis.
Autor: Schmidt Becker




