O voo da máquina é um verdadeiro prodígio aerodinâmico, que é o resultado de uma complexa combinação de forças de equilíbrio. Fernando Siqueira Carvalho explica que seu suporte vem da asa, e quando a asa se inclina contra o fluxo de ar, ela gera força para cima. Os helicópteros nada mais são do que aviões com asas móveis – chamadas de rotores – mas, ao contrário dos aviões, os helicópteros possuem muitos movimentos, podendo voar para os lados ou até para trás.
Fazer com que esse tipo de manobra tenha sucesso não é tarefa fácil, pois a tendência natural dos impulsos (os chamados torque) causados pela rotação da hélice fará com que o helicóptero gire como um pião. É por isso que existe uma segunda hélice que gira verticalmente e produz forças laterais, equilibrando o rotor de cauda enquanto a hélice gira. Porém, para que tudo isso seja possível, o piloto tem três comandos base:
- Controle coletivo: Esta é a ordem responsável pela decolagem do helicóptero. O controle centralizado é um joystick próximo ao assento do piloto, que pode ser movido para cima ou para baixo. Ao fazer isso, Fernando Siqueira Carvalho diz que o conjunto mudará o ângulo de ação das hastes do rotor principal, fazendo com que produzam menos pressão, controlando assim a altitude da aeronave. Além disso, o conjunto pode ser operado de maneira semelhante a um acelerador de motocicleta para controlar a velocidade da hélice principal.
- Controle cíclico: É responsável por movimentar o helicóptero em quatro direções: para frente, para trás, esquerda e direita. Normalmente, é localizado na frente do assento do piloto como uma alavanca vertical. Sua finalidade é alterar o plano de rotação do rotor principal para permitir a manipulação do deslocamento horizontal, gerando tração.
- Pedais: É um dispositivo que controla o ângulo de ataque das pás do rotor de cauda. O rotor de cauda evita que o torque comprometa o voo da aeronave e, com isso, fornece ao piloto as condições necessárias para rotacionar o helicóptero em torno de seu próprio eixo. Dessa forma, Fernando Siqueira Carvalho explica que o pedal esquerdo aumenta o ângulo, a tração do rotor de cauda e faz girar para a esquerda. Por sua vez, o pedal direito reduz o ângulo de ataque e reduz a tração, fazendo com que gire para a direita.
Para operação normal, cíclico, coletivo e pedais são completamente dependentes da rotação do rotor principal – ao invés da velocidade de deslocamento do helicóptero como o estabilizador. Existem hastes de controle e cabos entre o dispositivo de controle da cabine e a haste de força.